O circo está armado, as cadeiras espalhadas, o picadeiro montado, mas não tem público. Em Campo Maior, no norte do Piauí, uma família circense formada por 14 pessoas vem enfrentando a fome. A realidade que já era dura, piorou. É que com a falta de bilheteria, a dificuldade de sobreviver bateu na porta. O repórter Helder Felipe, em reportagem especial para a Rede Meio Norte, mostrou o drama sofrido.

Desde a criação do Circo Shalom, há 32 anos, este é o momento mais delicado que vive a Família Silva, detentora do circo. As dificuldades iniciaram ainda em 2020, por conta da pandemia da Covid-19, mas se agravaram a cerca de duas semanas, aqui em Campo Maior, quando montaram a estrutura no bairro Cidade Nova. É que devido as fortes chuvas que caem no território dos carnaubais, as pessoas não estão indo. Eles não estão tendo sequer dinheiro para comprar alimentos.

José Lima é o proprietário do circo. Ele nos leva para conhecer as dependências. A situação, segundo ele, se agravou com uma forte chuva que caiu na cidade no dia 16 de janeiro, onde boa parte da lona que cobre o local das apresentações rasgou.

Na última semana, mais um momento difícil. É que uma bebê da família, que tinha apenas 17 dias de vida, acabou morrendo.

Vendo essa realidade, Renata Castelo Branco resolveu iniciar uma campanha pelas redes sociais para arrecadar dinheiro, alimentos, produtos de higiene, roupas, calçados. A iniciativa vem ganhando muitos colaboradores. Com a ajuda que estão recebendo, a família espera arrumar a estrutura danificada pelas chuvas e assim poder alegrar seu público.